segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

EL CALAFATE, NO FIN DEL MUNDO, EM UM PISCAR DE OLHOS

EL CALAFATE, NO FIN DEL MUNDO, EM UM PISCAR DE OLHOS
por Aldo Grangeiro



Como era de se esperar, a Patagônia que encontramos em El Calafate, uma surpreendente e pequenina comunidade da última fronteira da Argentina com o Chile, de aproximadamente 22 mil habitantes, é bem diferente daquela que o navegador português Fernão de Magalhães viu pela primeira vez no início do século XVI em sua festejada estreia na volta ao mundo.



E não mudaram só os costumes, como seria previsível. Mudou, e mudou muito, a geografia do lugar, sob o cerco de lagos e glaciares.



Aqui neste ponto chegamos ao que queríamos dizer logo no início deste breve relato: o fin del mundo, que a maioria dos leitores provavelmente imagina ser uma vastidão gelada, branca, inóspita e só acessível à turma do valente Fernão de Magalhães, se revela aos viajantes ávidos por aventuras nesta quente estação, repleto de bosques que extravasam riqueza e vigor, lagos imensos e caminhos perfeitamente trilháveis - até mesmo sobre as milenares plataformas de gelo sob o céu de muitas cores do Glaciar Perito Moreno. Acredite leitor, você pode chegar pertinho dessas montanhas de gelo por terra, em estrada de asfalto.


Sim, nesta época o calor transfigura a Patagônia, encaixada em uma região de vegetação quase marrom e rasteira em boa parte do ano. 



Os termômetros, que no inverno chegam a temperaturas abaixo do zero e espalham extensos tapetes brancos de neve, em janeiro oscilam de 7 a 20 graus nesta incrível curvatura da parte baixa do globo terrestre. 



Muitas pessoas, especialmente europeus e brasileiros, como que movidos pelo sopro dos agradáveis ventos intermitentes predominantes em janeiro no local, transitam pelas largas e bem cuidadas ruas de El Calafate, transformado aos olhos de milhares de turistas no epicentro do mundo. Os viajantes apaixonados por essas e outras bandas do planeta não param de chegar. 



Este é sem dúvida um lugar especial. Principalmente para nós, brasileiros, acostumados com o clima tropical. 



Aqui encontramos uma terra de contrastes imensos. Cinza e gelado no inverno, florido e quente no verão. Só depende do calendário. Mas não é só beleza natural, não. 

Aldo Grangeiro e esposa, Felipe Soares e Sussy Becker e o nosso anfitrião Mario Guatti - Hotel Posada Los Alamos



A gastronomia é de dar água na boca. Aqui tudo é superlativo. Para que se tenha uma noção mais exata do que estou falando, não há, em toda a Patagônia, nenhum vinho más o menos; todos son muy buenos. Salud!

DICA DO AUTOR:



El Calafate tem muitas opções de hospedagem.  O perfil da maioria dos visitantes justifica o elevado número de pousadas e hotéis, muitos dos quais intimistas e aconchegantes. Mas se você gosta de conforto, comodidade e aprecia o contato com a cultura local, tente fazer reserva antecipada no Hotel Posada Los Alamos (info@posadalosalamos.com). Cabe ainda informar que ao pagar o hotel com seu cartão de crédito você tem 21% de desconto, correspondente ao imposto (IVA) que não é cobrado dos turistas, fortalecendo desta maneira o turismo. 



A infraestrutura é excelente, incluindo SPA, restaurante e até campo de golfe.  O serviço é irretocável. Sua localização, na área central, permite fácil acesso aos lagos e glaciares. Bien venido!




9 comentários:

  1. Jefferson bela edição. Você é meu editor preferido. Abraço. Enjoy

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  2. Lindas imagens!!!
    O frio no ambiente externo e o calor humano no ambiente interno é uma combinação que a mim me parece perfeita.
    Aldo, deve ter sido uma experiência e tanto. Muito obrigado por compartilhar!!!

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  3. Lindas imagens e belíssima descricao. Me fez pensar no meu proximo roteiro de viagem. Gracias por compartilhar

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  4. Muito boa a descrição e as dicas. O local é maravilhoso, estivemos lá em 2004, depois desta leitura, dá muita vontade de voltar. Obrigada!

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