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Saint Anton é uma pequena e pitoresca aldeia de montanha nos Alpes austríacos, muito perto da Suíça e da Itália, em um vale com dimensões muito similares às da região onde se encontram os cerros argentinos ao lado da Estrada Nacional n° 3. Só que as montanhas são um pouco mais altas e conta com um desenvolvimento excepcional em meios de elevação e pistas. Sankt Anton am Arlberg é uma vila no Tirol, oeste da Áustria, com uma população de aproximadamente 3.000 mil pessoas. É um importante centro de esqui situado a 1.304 metros acima do nível do mar nos Alpes Tiroleses com dezenas de bondes aéreos, cadeiras de até 2.811 metros. Tornou-se muito conhecida em todo o mundo como o anfitriã do Campeonato Mundial de Esqui Alpino em 2001. Esquiar tem uma longa história nesta aldeia: mesmo antes da Primeira Guerra Mundial, os primeiros professores de esqui foram empregados em St. Anton. Muitos instrutores de esqui a partir daí emigraram para a América do Norte nos anos 1930 , ajudando a popularizar o esqui alpino naquele continente.
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Foi realmente emocionante, ver isso acontecer no próprio “berço do esqui” como todos reconhecem. A luta foi crescendo, ganhando às ruas e todos os espaços públicos: “Vamos Ushuaia”, “Vamos Argentina”,"Nos vemos em Ushuaia em 2015”, num esforço por dizê-lo em um castelhano de pronúncia raríssima mas com um genuíno entusiasmo, ou diretamente em inglês que é o idioma universal.
Também foi espetacular ver autoridades nacionais do esqui, instrutores e Demos de Bariloche, San Martín de los Andes e seus acompanhantes, TODOS sem importar o fato de ser de outras localidades, vestindo a camisa e apoiando com paixão futebolística a candidatura de Ushuaia como se fosse sua própria cidade, portando ponchos e bandeiras argentinas e distribuindo material promocional da belíssima Ushuaia aonde quer que fossem.
Desde a apresentação das candidaturas (Argentina, Finlândia e Bulgária) no dia 19, onde a Associação Argentina de Instrutores de Esqui e Snowboard (ADIDES) realizou uma eufórica e emocionante defesa da candidatura de Ushuaia para sede do Interski 2015, até em conversas formais ou informais com as demais importantes delegações para conquistar adeptos. Finalmente depois de tão empolgante campanha Ushuaia comemorou essa grande consquista.
Essa empolgação já podia ser notado especialmente na festa de acolhida feita pela Delegação Argentina (Turismo da Nação) as demais delegações na noite que antecedia à eleição, que contou com mais de 300 pessoas que tiveram o imenso prazer de degustar sete cordeiros, assados com maestria, no jardim de acesso a um elegante edifício, por dois instrutores argentinos residentes há décadas na Europa, enquanto distante a só quatro quadras, no stadium se via plenamente a contínua descida dos 38 países que fizeram parte na demonstração de técnica e destrezas por equipe. À medida que os convidados iam entrando, ficavam encantados com o verdadeiro churrasco argentino, tirando fotos ao lado dos cordeiros fincados no chão e ao lado dos simpaticíssimos assadores vestidos de gaúchos e com o pinguim mascote de Ushuaia, que também foi muito solicitado na hora das fotografias. Por sorte a temperatura local era de 15 graus negativos.
Importante também foi o efeito que causou a apresentação levada pela Secretaria de Turismo de Ushuaia, através do seu secretário extremamente atuante Daniel Leguizamón, que permitiu as delegações com peso decisivo em seus votos, conhecer e surpreender-se com o elevado padrão de Ushuaia em matéria de hotelaria, gastronomia, serviços.
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Mas hoje é momento de desfrutar desta conquista inédita, parabenizando a todos aqueles que de um modo ou de outro tornaram este sonho em realidade. Hoje há muitas razões para os argentinos comemorarem. E podem ter certeza que será um espetáculo memorável numa das melhores pistas de esqui que já pisei, Cerro Castor, minha estação preferida.