segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

EL CALAFATE, NO FIN DEL MUNDO, EM UM PISCAR DE OLHOS

EL CALAFATE, NO FIN DEL MUNDO, EM UM PISCAR DE OLHOS
por Aldo Grangeiro



Como era de se esperar, a Patagônia que encontramos em El Calafate, uma surpreendente e pequenina comunidade da última fronteira da Argentina com o Chile, de aproximadamente 22 mil habitantes, é bem diferente daquela que o navegador português Fernão de Magalhães viu pela primeira vez no início do século XVI em sua festejada estreia na volta ao mundo.



E não mudaram só os costumes, como seria previsível. Mudou, e mudou muito, a geografia do lugar, sob o cerco de lagos e glaciares.



Aqui neste ponto chegamos ao que queríamos dizer logo no início deste breve relato: o fin del mundo, que a maioria dos leitores provavelmente imagina ser uma vastidão gelada, branca, inóspita e só acessível à turma do valente Fernão de Magalhães, se revela aos viajantes ávidos por aventuras nesta quente estação, repleto de bosques que extravasam riqueza e vigor, lagos imensos e caminhos perfeitamente trilháveis - até mesmo sobre as milenares plataformas de gelo sob o céu de muitas cores do Glaciar Perito Moreno. Acredite leitor, você pode chegar pertinho dessas montanhas de gelo por terra, em estrada de asfalto.


Sim, nesta época o calor transfigura a Patagônia, encaixada em uma região de vegetação quase marrom e rasteira em boa parte do ano. 



Os termômetros, que no inverno chegam a temperaturas abaixo do zero e espalham extensos tapetes brancos de neve, em janeiro oscilam de 7 a 20 graus nesta incrível curvatura da parte baixa do globo terrestre. 



Muitas pessoas, especialmente europeus e brasileiros, como que movidos pelo sopro dos agradáveis ventos intermitentes predominantes em janeiro no local, transitam pelas largas e bem cuidadas ruas de El Calafate, transformado aos olhos de milhares de turistas no epicentro do mundo. Os viajantes apaixonados por essas e outras bandas do planeta não param de chegar. 



Este é sem dúvida um lugar especial. Principalmente para nós, brasileiros, acostumados com o clima tropical. 



Aqui encontramos uma terra de contrastes imensos. Cinza e gelado no inverno, florido e quente no verão. Só depende do calendário. Mas não é só beleza natural, não. 

Aldo Grangeiro e esposa, Felipe Soares e Sussy Becker e o nosso anfitrião Mario Guatti - Hotel Posada Los Alamos



A gastronomia é de dar água na boca. Aqui tudo é superlativo. Para que se tenha uma noção mais exata do que estou falando, não há, em toda a Patagônia, nenhum vinho más o menos; todos son muy buenos. Salud!

DICA DO AUTOR:



El Calafate tem muitas opções de hospedagem.  O perfil da maioria dos visitantes justifica o elevado número de pousadas e hotéis, muitos dos quais intimistas e aconchegantes. Mas se você gosta de conforto, comodidade e aprecia o contato com a cultura local, tente fazer reserva antecipada no Hotel Posada Los Alamos (info@posadalosalamos.com). Cabe ainda informar que ao pagar o hotel com seu cartão de crédito você tem 21% de desconto, correspondente ao imposto (IVA) que não é cobrado dos turistas, fortalecendo desta maneira o turismo. 



A infraestrutura é excelente, incluindo SPA, restaurante e até campo de golfe.  O serviço é irretocável. Sua localização, na área central, permite fácil acesso aos lagos e glaciares. Bien venido!




quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

CINCO MOTIVOS PARA ESCOLHER BALNEÁRIO DE PIÇARRAS PARA PASSAR O VERÃO

CINCO MOTIVOS PARA ESCOLHER BALNEÁRIO DE PIÇARRAS PARA PASSAR O VERÃO



Quem gosta de natureza, proximidade com o mar e com a Mata Atlântica, segurança para a família e dezenas de possibilidades de atrações para dias intensos ou de descanso, encontra em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina, o lugar ideal para curtir o Verão. Emoldurada por castanheiras centenárias, a orla proporciona caminhadas e passeios ciclísticos que criam oportunidades únicas. No Atlântico, as ilhas servem de cenário e são cercadas de lendas e costões rochosos, refúgio natural de várias espécies e pontos excelentes para pesca. Mas, além destes, cinco motivos específicos convencem os turistas a conhecer de perto a cidade que recém-completou 54 anos de emancipação:

Balneabilidade


Há alguns anos os índices de balneabilidade gerados pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) são positivos para Balneário Piçarras. Todas as praias se mantém 100% próprias para banho, uma das poucas cidades com todos os pontos próprios para banho do litoral catarinense. São cerca de sete quilômetros de orla totalmente em condições das atividades aquáticas e mesmo na areia, sem risco à saúde de quem adora aproveitar cada momento da estação ao ar livre na beira do mar. 

Público familiar

Com 54 anos de emancipação, Balneário Piçarras tem se desenvolvido de maneira planejada nos últimos tempos. Com isso, diversas famílias, principalmente de outras cidades de Santa Catarina ou do Paraná, mantêm no município casas de veraneio. “A cidade também tem aumentado a população fixa, com casais e filhos adolescentes ou crianças, o que tem motivado uma programação de Verão para toda a família”, esclarece a secretária de Turismo, Susan Correa.  

Facilidade de acesso

O município cortado pela BR-101 tem a região litorânea muito próxima aos acessos da cidade. Quem chega por terra, vindo do Oeste Catarinense (pela BR-470), ou Sul Catarinense (BR-101) tem a sorte de estar no contra fluxo normal desta época do ano em Santa Catarina. Quem está vindo do Norte ou do Paraná, acaba chegando primeiro a Balneário Piçarras, antecipando a diversão. Quem vem pelo ar, desembarca em Navegantes e segue pelas estradas locais litorâneas. 

Atividades da Arena Sesc Verão

Balneário Piçarras foi uma das seis cidades catarinenses escolhida para a programação do Sesc Verão. A estrutura é montada próximo ao Molhe Central, com atrações entre 12 a 28 de janeiro. São atividades para toda a família, com programação cultural, esportiva, de bem-estar, lazer e saúde. Pessoas de todas as idades podem usufruir gratuitamente. A programação contempla o espetáculo circense La Conquista (20/1) e show nacional com Dazaranha (26/1).

Infraestrutura da praia



Com um calçadão de cerca de quatro quilômetros na principal praia, mais sete quilômetros de praias diferentes entre si, fazem de Balneário Piçarras um dos destinos principais tanto para quem busca descanso e tranquilidade quanto para aqueles que optam por agito ou atividades esportivas. Além disso, mantém uma infraestrutura voltada para o turismo com hotéis, pousadas, bares, cafés e restaurantes que oferecem uma diversificada gastronomia.

Programação de Verão em Balneário Piçarras

Além destes incríveis cinco motivos enumerados acima, para bem receber os visitantes e garantir satisfação dos moradores, a Secretaria de Turismo organizou uma intensa programação para o período que vai até depois do Carnaval. São atrações artísticas, culturais, esportivas, de saúde e lazer. Confira o que espera por você em Balneário Piçarras.

Esporte Verão

De 2 de janeiro a 13 de fevereiro

Serão 15 modalidades esportivas acompanhadas por monitores e profissionais da área em dois pontos da praia (próximo ao Molhe Norte, na descida da Avenida Getúlio Vargas), e no Itacolomi (próximo ao Posto 7, na descida do Hotel Candeias).

Feira de Verão de Artesanato

Até 13 de fevereiro, das 17h às 24h

Os artesãos recepcionam os visitantes diariamente na Avenida Beira-Mar, ao lado do restaurante Capitão. 

17ª Travessia a Nado

Dia 14 de janeiro, 9h – Molhe Norte. As inscrições devem ser feitas no www.correrenadar.com.br 

Balneoterapia

A partir de 24 de janeiro, 8h, no Molhe Norte

A sessão de terapia Lian Gong (técnica chinesa de alongamento, com a naturóloga, Priscilla Cardoso Jorge) leva 30 minutos, seguido de caminhada até o Molhe Central para a aula de hidroginástica com a educadora física, Irene Borba. A balneoterapia é a terapia através do banho do mar que estimula a circulação sanguínea, ativa o retorno venoso e sistema linfático, diminui o cansaço e edemas nas pernas, diminui as varizes e favorece a amplitude respiratória. 

Arena Sesc Verão

De 12 a 28 de janeiro, das 8h30min às 19h30min, com espaço bem-estar, quadras esportivas, jogos de todo mundo, jogos de mesa, pirâmides de bambu, circuito de aventura, recreação esportiva, slakline, espirobol, empréstimo de frescobol, jogos, brinquedos e brinquedoteca. Confira a programação diária aqui http://bit.ly/veraoBP 

Campeonato de Futebol de Areia

A partir de 23 de janeiro, todas as terças, quintas e sextas-feiras na Arena Norte 

Maraton Balneário Piçarras

Dia 18 de fevereiro, com largada às 9h no Molhe Norte. As inscrições devem ser feitas em www.ciclismosc.com.br 

Carnaval

De 10 a 13 de fevereiro

A programação está sendo finalizada e prevê diferentes atrações no Molhe Central da orla.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

PARÁ - CENÁRIO DE RARA BELEZA - A JÓIA DA AMAZÔNIA


PARÁ - CENÁRIO DE RARA BELEZA - A JÓIA DA AMAZÔNIA

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Belém é a porta de entrada da região amazônica e parada obrigatória para quem quer conhecer o norte do Brasil. São quase 1,5 milhões de habitantes, gente hospitaleira e que oferece aos visitantes uma completa infraestrutura turística. A arquitetura setentista, assinada pelo italiano Antonio Gioseppe Landi, mesclada ao barroco jesuítico do século XVII, da um charme especial a cidade. Culinária para todos os gostos, frutos da natureza pródiga, da colonização portuguesa e das heranças indígena e africana. Uma miscigenação cultural e racial que também se faz presente no artesanato e folclore.

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É neste cenário que começou o XXVIII Congresso da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo. A abertura aconteceu no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, um centro de convenções ultra moderno e que recebe os principais eventos da Região Norte. Um grande indutor de empregos no setor de turismo e eventos. Em média, eventos de médio porte geram 500 empregos indiretos. Já os de grande porte geram o dobro. Muito mais do que um espaço de eventos, o Hangar é uma referência. A abertura contou com a presença de mais de 250 jornalistas especialistas em turismo de todo Brasil, além de autoridades municipais e estaduais, que também tiveram a oportunidade de ver as manifestações da cultura local é o pré-lançamento do Círio de Nazaré, principal festa do Pará e a maior procissão católica do mundo, que ocorre no segundo domingo do mês de outubro, quando uma multidão de cerca de dois milhões de pessoas percorre uma distância de 4,5 km, da Catedral até a Basílica-santuário de Nazaré.

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Os jornalistas também tiveram a oportunidade de assistir ao lançamento da coleção “Madonas do Barroco – A fé nos braços da Mãe”, em um desfile criado pela fotógrafa Walda Marques, 39 das 103 peças da coleção, inspirada nas Madonas do Barroco, foram mostradas. Criadas e produzidas por profissionais do Pólo Joalheiro do Pará, que funciona no Espaço São José Liberto, as jóias resultam de um workshop coordenado por Rosângela Gouvêa, designer de juiz e professora do curso de Design da Universidade Federal do Pará (UFPA). No trabalho de elaboração da coleção, os designers assistiram a palestras sobre história da arte barroca e visitaram o Museu de Arte Sacra, instalado no prédio histórico que abriga também a Igreja de Santo Alexandre.

Realizado pela primeira vez em Belém, numa promoção da Abrajet – Seção Pará e do governo do Estado, por meio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), o Congresso trouxe ainda profissionais de outros países, como Portugal, Estados Unidos, França, Espanha e Suriname.

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A programação foi diversificada, e não limitou-se somente a Belém, mas também visitas aos pólos turísticos de Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins e Xingu. Eu escolhi o pólo Marajó e os jornalistas que escolheram este destino embarcaram para Salvaterra, hospedando-se primeiramente na paradisíaca Pousada dos Guarás.

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Após grande almoço de boas vindas, seguimos para a Vila de Joanes, vila de origem pesqueira, onde se encontra as ruínas da primeira igreja jesuítica no Marajó, construída no século XVII. É local de ocupação colonial, por onde, possivelmente, se deu a chegada dos portugueses à ilha. Na vila há a praia de mesmo nome, conhecida por seu aspecto bucólico e tranqüilo, com parte do litoral formados por falésias, onde se encontram as maiores altitudes da ilha. A noite todos fomos brindados com show folclórico na Pousada dos Guarás.

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No segundo 2º Dia (Domingo) fizemos um pequeno percurso terrestre, com travessia em balsa pelo rio Paracauari, chegando a cidade de Soure, chamada carinhosamente, de Capital do Marajó. A cidade é banhada pelo Oceano Atlântico é faz limite natural com a cidade de Salvaterra pelo rio Paracauari. Fizemos um tour panorâmico pela cidade, com paradas no Curtume (centro de artesanato de couro de búfalo), lojas de artesanato local. A Origem de Soure se deu a partir das atividades econômicas que propiciavam povoamento no período colonial, (data de fundação), seu traçado urbano. Na década de 70, dentro de uma política de desenvolvimento para a Amazônia, Soure foi escolhida com uma das cidades com "vocação natural" para o turismo. A partir daí vários hotéis foram instalados na cidade. Por essa razão Soure é a cidade que oferece a melhor estrutura turística da Ilha do Marajó. Eu particularmente não acho. Prefiro Salvaterra. A belíssima Pousada dos Guarás é na beira da Praia Grande, água doce e quente e conta inclusive com serviço de internet wireless.

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No dia seguinte nosso primeiro destino foi o Instituto Caruana, sede da escola da Pajé Zeneide, conhecida mundialmente pela sua bondade e dedicação a ecologia, às crianças e pelas suas curas. Todos ficaram maravilhados com a Pajé, que, de quando em quando pedia para cantar e, saborosamente soltava a voz. De lá, como ninguém é de ferro, o destino foi o Restaurante Paraíso verde. Na mesa peixes ao molho de camarões e caranguejos. Comida bem típica, caseira. De lamber os dedos. Em seguida visita ao artesão marajoara Rodrigo Guedes, que também, tira crianças das ruas e lhes ensina seu grande ofício com lições de ecologia. Ao final da tarde retornamos à Pousada dos Guarás para jantar e show de MPB.

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Já no dia seguinte nos mudamos em definitivo para Soure, desta vez para o Hotel Ilha de Marajó. Antes porém uma grande surpresa nos aguardava. Conhecemos a hospitalidade do Sr. Brito e Dna. Jerônima, proprietários da Fazenda São Jerônimo. Para quem não sabe, foi nesta fazenda que aconteceu o programa global "No Limite 03", apresentado pelo Zeca Camargo. Portanto o local dispensa apresentações. ESPETACULAR!. Vale lembrar que o Zeca também se hospedava em Salvaterra (Pousada dos Guarás). Passeios de charrete ou montados em búfalos e cavalos; caminhada em praia deserta e áreas de manguezais e um incrível passeio de casco (canoa de remo) pelos igarapés, margeados por majestosos manguezais (ecossistema costeiro que no Pará, as árvores alcançam mais de 15 metros de altura). INACREDITÁVEL ! INESQUECÍVEL.

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Só após essa manhã INESQUECÍVEL, seguimos para o nosso hotel para almoço. Em seguida passeio, pela Praia do Pesqueiro, considerado um dos principais cartões postais da cidade. Após visita a praia de Barra velha, no retorno, parada no Batalhão de Polícia Montada (único no Brasil onde a polícia é montada em búfalos). Retornamos ao Hotel Ilha do Marajó, onde fomos brindados com grande jantar de encerramento com show de Carimbó.

Dia 27, Dia Mundial do Turismo. 4:30h. Hora de deixar a ilha! Saímos do Porto de Camará-Salvaterra, e pegamos o barco de retorno a Belém. Depois de três horas e meia já estávamos em Belém. A noite o congresso encerrou-se no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. Na ocasião a Abrajet Nacional e a Abrajet Pará prestaram homenagens aos apoiadores de seu XXVIII Congresso. O evento foi marcado pela apresentação da orquestra Amazônia Jazz Band, com repertório clássico amazônico.

Para muita gente envolvida com a atividade turística, o Brasil tem bastante o que comemorar neste 27 de setembro, Dia Mundial do Turismo. O país está mostrando ao mundo o vigor de uma economia em crescimento e é bem visto pelos turistas — 97,2% dos turistas estrangeiros que visitam o país indicam desejo de retornar, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR). A razão disso reside, principalmente, nas belezas naturais do Brasil e na boa acolhida de seu povo, brasileiro: famoso pela alegria e pela generosidade. O desenho das construções, a cultura, a Natureza e a religiosidade fazem parte do roteiro dos que visitam o Pará.

Segundo a Profª. MSc. Marinete Silva Boulhosa, Turismóloga, Especialista em Educação Ambiental, Planejamento e Ecoturismo, Mestre em Antropologia, Professora efetiva do IFPA - Campus Belém, Coordenadora do Curso Técnico em Eventos - Programa E-tec Brasil - IFPA e Coordenadora da Área de Hospitalidade e Lazer do IFPA - Campus Belém: "A Ilha do Marajó está localizada ao norte do Brasil, nordeste do Estado do Pará, na desembocadura do rio Amazonas. É a maior ilha fluvio-marinha do mundo, com uma área de 49.606 Km2, formada por 12 municípios, que com outras ilhas, em destaque as ilhas de Caviana, Mexiana e Gurupá, formam o arquipélago do Marajó. Dividida naturalmente em dois grandes ecossistemas, a leste as regiões dos campos naturais e a oeste a densa floresta tropical, a ilha do Marajó possui destaque especial no Estado, no ponto de vista econômico, natural e turístico. No ponto de vista econômico, desde a colonização, a ilha é um dos mais importantes centros pastoris do Estado e destaca-se ainda por possuir a maior manada de búfalo do Brasil, sendo o primeiro lugar do país onde esses animais foram introduzidos, em 1895, pelo fazendeiro Vicente Chermont de Miranda. O búfalo, por sua docilidade e força, é também utilizado para o transporte de pessoas e cargas. Sendo no Marajó, na cidade de Soure, o único lugar no país onde a policia é montada a búfalo.

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Por sua dimensão geográfica, os recursos naturais da região são vastíssimos e possibilitam sua exploração sustentável de várias formas, e entre essas formas está o turismo. O turismo no Marajó começou a se desenvolver a partir da década de 70, através de uma política de desenvolvimento para a Amazônia, e Soure foi escolhida com uma das cidades com “vocação natural” para o turismo. A partir daí vários hotéis foram instalados na cidade. Por essa razão Soure é a cidade que oferece a melhor estrutura turística da Ilha do Marajó. Os atrativos turísticos do Marajó são representados pela diversifica fauna e flora, pelos vastos campos naturais, as zonas de floresta, praias desertas, pelas fazendas tradicionais como São Jerônimo, Bom Jesus, Sanjo, entre outras, que associam a pecuária ao turismo ecológico e rural. Esses recursos naturais são completados com a riqueza da cultura marajoara, manifestada através de suas crenças, danças, músicas, artesanatos, etc. Porém, apesar de seu potencial a atividade turística na ilha se apresenta pouco organizada e com demandas reduzidas e concentradas, reflexos, ao nosso ver, da necessidade de uma ação em conjunto do Estado, da iniciativa privada e da população receptora.

Para que o turismo ocorra corretamente e gere os benéficos esperados, é fundamental que alguns fatores sejam considerados, tais como: Política Pública de ação vertical – As ações governamentais muitas vezes beneficiam poucos. Suas ações pouco ou nunca alcançam os outros agentes envolvidos, que estão na base da oferta de serviço. Pesquisa - Há uma necessidade premente de se produzir pesquisas sobre o ecoturismo e turismo rural na ilha, que subsidiem ações do poder público e da iniciativa privada e ajudem a atividade desenvolver-se de forma sustentável. Planejamento Participativo - O planejamento turístico deve ser resultado de um trabalho coletivo, incluindo a sociedade e seus segmentos. Qualificação e absorção de mão-de-obra local – A população local precisa ser qualificada para atender o turista. Cabe ao governo e a iniciativa privada promover a qualificação e a comunidade exigir essa qualificação e inserção no mercado. Valorização da cultura local - As manifestações artísticas e culturais, devem ser incentivados, mas com uma preocupação clara em não descaracterizá-los ou vulgarizá-los. A valorização do conhecimento tradicional das comunidades - A cultura marajoara é marcada pelo acúmulo do saber sobre o hábitat natural. Esse etnoconhecimento marca a vida do homem marajoara e não pode ser desconsiderado em face do conhecimento científico e menos ainda do desenvolvimento do turismo. Acredito no turismo como atividade conservadora dos recursos naturais e geradora de riqueza, porém, para que haja um desenvolvimento real é necessário que a comunidade também cresça e seja beneficiada dos resultados positivos desta atividade".

O sentimento que fica é que a Amazônia é um lugar de rara beleza, extraordinária e que não é somente o pulmão do mundo, mas também o coração que pulsa muito forte. O novo e o velho, o moderno e o natural, fazem parte dos mistérios instigantes. De um lado a ciência, a medicina, e do outro lado uma doce Pajé. Praias de água doce. Gente hospitaleira. O ponto negativo é a falta de cuidado com o patrimônio público de séculos atrás, que merecem, como em Florianópolis, toda a atenção, preservação, cuidados e tombamento, pois é a história viva desse nosso imenso Brasil que ainda tem muito a ser conhecido. Principalmente agora quando o mundo voltará seus olhos para nosso país por conta da Copa do Mundo, a chamada Copa Vede, de acordo com os compromissos por nós assumidos, e pelos Jogos Olímpicos de 2016. O horizonte que se descortina é espetacular, uma oportunidade para nos consolidarmos internacionalmente como um destino sustentável e relevante. Que todas as propostas saiam efetivamente dos papéis e os discursos se tornem realidade para o bem do Brasil e do mundo.

O momento que se desenha para o nosso turismo tinge de verde e dourado. Uma oportunidade de ouro para essa indústria que é a mais rentável e limpa do mundo. Espero sinceramente que não percamos essa carona, nos reafirmando como vocação turística, solidificando os benefícios que essa atividade traz para a nossa economia. O futuro é agora e o Pará é um gigante, verdadeira jóia da Amazônia.


sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

TRUJILLO, NO NORTE DO PERU, E SUA IMPRESSIONANTE HERANÇA

TRUJILLO, NO NORTE DO PERU, E SUA IMPRESSIONANTE HERANÇA

Trujillo, capital da região de La Libertad, concentra atrativos arqueológicos, históricos, culturais e religiosos incríveis. Hub da região que foi berço das civilizações pré-incaicas Moche e Chimú, a cidade de Trujillo também tem preservada em seu centro histórico uma herança colonial  e republicana deixada pelos espanhóis.
Fachadas coloridas, em estilo colonial, embelezam a Plaza de Armas, no Centro Histórico de Trujillo. Foto: Divulgação/PROMPERÚ

Dando continuidade às ações de promoção do turismo do Peru mundo afora e atenta ao potencial do Brasil em enviar visitantes para conhecer novos segmentos e destinos peruanos em 2018, a PROMPERÚ (Comissão de Promoção do Peru para a Exportação e o Turismo) tem promovido roteiros e atrativos de turismo religioso, especialmente das cidades de Lima, capital do Peru, Puerto Maldonado (região de Madre de Dios) e Trujillo (região de La Libertad).

Ao Norte do Peru, na região de La Libertad, está a charmosa Trujillo, cidade que também impressiona pela riqueza de seus sítios arqueológicos e atrativos históricos, culturais e religiosos. Trujillo conta com lugares belíssimos, que propõem uma visita a um passado muito antigo, mais precisamente às civilizações pré-incaicas Moche e Chimú, e também a um passado mais recente, a fase colonial e republicana do Peru.

Hub da região que foi berço dessas antigas civilizações, Trujillo tem preservada em seu centro histórico uma herança deixada pelos espanhóis. O local concentra igrejas, casarões, praças e atrativos impressionantes, como a Plaza de Armas, a Catedral e tantos outros. Ali, é possível conhecer os principais atrativos em um dia de visita, alguns considerados patrimônio monumental da nação.

Alguns dos complexos arquitetônicos que se podem visitar em Trujillo são:

Plaza de Armas de Trujillo


Martín de Estete desenhou essa praça como o centro da cidade. Na parte central se observa o monumento da Liberdade, uma escultura de mármore, estilo barroco, obra do alemão Edmund Müller.

Catedral da Cidade de Trujillo


Construída na segunda metade do século XVII, abriga importantes mostras da arte do vice-reinado, como as telas "A Transverberação de Santa Teresa" e "Santo Toribio de Mogrovejo", e no seu centro está o único altar isento da cidade, considerado como a melhor obra dos escultores trujillanos.

Museu da Catedral

Conserva objetos relacionados à liturgia, esculturas e pinturas do período do vice-reinado, entre os quais destacam-se as telas "A negação de São Pedro" e "O Retrato de São João Batista". Estão em exibição a mitra usada por Santo Toribio de Mogrovejo e também a custódia de San Valentín. Caracteriza este edifício o teto decorado com vigas policromadas e a cripta decorada com pinturas dos apóstolos.

A cidade de Trujillo abriga em suas ruas uma série de igrejas pertencentes a diferentes congregações, entre as quais se destacam o Mosteiro el Carmen, as igrejas de Belém, San Agustín, San Francisco e Santo Domingo, que apresentam inestimáveis mostras ​​de arquitetura e arte religiosa. Além disso, também é uma cidade com fortes características coloniais e republicanas, que podem ser vistas nos casarões erguidos no centro da cidade, como o Palácio Iturregui, a casa Ganoza Chopitea ou Ramírez y Laredo, a Casa da Emancipação ou de Madalengoitia, a Casa Calonge ou Casa Urquiaga,e o Centro Cultural de Trujillo, alguns dos quais adaptaram museus de diversos temas.


Mas além dos atrativos religiosos e sua imponente arquitetura colonial, Trujillo também conta com grande oferta de passeios históricos, culturais e gastronômicos, além de praias e ótimos serviços turísticos. Templos, pirâmides e cidades de barro que sobrevivem ao tempo: Chan Chan, Huaca del Sol y la Luna e El Brujo; cultura viva de costumes arraigados, como a pesca em Caballitos de Totora (tradicionais embarcações da costa norte); praias famosas que atraem surfistas de todo o mundo, como Huanchaco e Pacasmayo; e a sensual e sedutora marinera, dança nacional do Peru.

Riquezas Moche e Chimú

Cultura viva Rota Moche

A civilização Moche existiu entre 300 a. C. e o ano 1000 d. C., na região dos vales dos rios Moche e Chicama, na região de La Libertad. Outra cultura pré-colombiana típica da região Norte do Peru, a cultura Chimú se desenvolveu entre os séculos X e XV, no mesmo território no mesmo local.


Os vestígios dessas culturas pré-Incas são admiráveis, é o caso da cidadela Chan Chan (10 minutos de Trujillo, no caminho para Huanchaco, o balneário mais importante da região), a maior cidade de barro do mundo (24 quilômetros quadrados), considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Na sua estrutura se distinguem praças, casas, armazéns, escritórios, ruas, muralhas e templos piramidais.


Há também as Huacas del Sol y de la Luna (a oito km ao sul da cidade de Trujillo). A Huaca del Sol é a maior, diz-se que foi construída por 250 mil homens, utilizando 70 milhões de adobes em apenas três dias. A Huaca de la Luna é composta de templos sobrepostos construídos em diferentes épocas. É possível ver em suas paredes as diferentes representações policromáticas nas quais se destaca o Deus Ai-Apaec, o chamado "El Degollador", personagem com características felinas.


O complexo arqueológico El Brujo está localizado no Valle Chicama, a 60 km ao norte de Trujillo (aproximadamente 1 hora e 20 minutos de carro). É composto por três edificações que são a Huaca Prieta, Huaca Cao e Huaca Cortada. Em 2006, foi descoberto o túmulo onde foi enterrada uma mulher da nobreza Moche em perfeito estado de conservação, chamada "Senhora de Cao", que se presume ter governado o vale há 1.700 anos.

Em Trujillo, justo no mês de janeiro, é realizada uma das mais importantes festividades de La Libertad: o Festival de la Marinera, no Coliseo Gran Chimú. O Concurso Nacional de Marinera, que dura vários dias e agrega os melhores bailarinos desta que é a modalidade mais elegante do Peru, conta com a apresentação de diferentes categorias e estilos coreográficos.

Para mais informações sobre destinos turísticos do Peru confira aqui: http://www.peru.travel/pt-br/

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

RÉVEILLON INFINITY BLUE RESORT & SPA - UMA VIAGEM AO ORIENTE

RÉVEILLON INFINITY BLUE RESORT & SPA - UMA VIAGEM AO ORIENTE


O melhor resort para famílias do Brasil, pé na areia, na Praia dos Amores - praticamente privada, não costuma decepcionar seus hóspedes a cada "virada". Gente dos quatro cantos do Brasil e do exterior começaram a chegar a partir do dia 26 de dezembro, a meu exemplo. Nem bem terminou o Natal, onde o Infinity também operou com 100% de ocupação, o resort já se preparou para o maior espetáculo do ano, o seu réveillon, cujo tema foi os sabores, aromas e a arte oriental. 


O cardápio foi de impressionar a qualquer eu e eu me obrigo não só a fotografar, mas falar dos principais pratos, pois a cozinha oriental é algo que fascina a todos. Vale lembrar que foi feito a varias mão, tendo como maestro o super chef premiado Denilso Coelho


A gastronomia começou com uma imensa ilha de queijos: Prima Donna, Grana Padana, Ementhal, Gruyère, Provolone defumado, Pecorino (ovelha), Brie com favos de mel e geleia de pimenta, Pata negra (presunto de Parma), Salames Italiano, Copa curada, Pastrami, Torre de focaccia, Mini pães variados,  Manteigas temperadas, Variedades de pastas. 


Já na segunda ilha, Saladas: Endivias recheadas com salada de bacalhau, azeitonas e grão de bico,  Coquetel de camarões (molho picante de pimenta de cheiro), Couscous marroquino, polvo, legumes e grãos, Ceasar salad invertida com lagostas (pão torrado, folhas e lagostas no vapor, Gravalax de salmão/ pumpernickel/ molho de mostarda Dijon, Terrine de foie /terrine de frutos do mar, Estação de ostras / shots de Blood mary, Eclair de presunto Royale / melão rosa e zest de limão – Eclair de Haddock com brotos, Mesclun de folhas da estação, flores, vieiras flambadas, Folhas da estação.


Na terceira ilha, a estação temática da festa oriental com Sashimi, Fatias finas de peixes e frutos do mar crus. (salmão, atum, robalo e polvo), Sushi Hossomaki, Tekka maki – de atum, Kapa maki – de pepino, Shake maki – de salmão, Uramaki, Uramaki Califórnia, Uramaki Filadélfia, Uramaki camarão Nigiri, Nigiri de salmão, Nigiri de polvo, Nigiri de camarão, Temaki, Temaki Filadélfia, Temaki Califórnia, Temaki vegetariano, Yakisoba, um prato de origem japonesa cujo nome significa literalmente macarrão de sobá frito, Sukiyaki, uma receita com carne e legumes que deve ser consumida diretamente da panela. Esse prato tradicional japonês é um dos mais conhecidos no ocidente, Gyoza – Pasteis da culinária japonesa recheados com carne de porco, Missoshiro – Sopa de pasta de soja e peixe, Manju – Bolinho recheado com doce feijão, Moti – Bolinho feito de arroz. São comidos principalmente no ano novo, pois simboliza a expectativa de felicidade no ano que se inicia.


Achou que é pouco, então da-lhe Ostras frescas, Sunomono (salada de bifum, legumes e molho gari),  Satay de frango / carne / camarão (molho: tamarindo e amendoim), Rolinho vietnamita, Bolinhos de carne e coco (pasta de camarão seco), Salada Som Tam (papaia verde), Cury de camarão com abacaxi, Arroz de coco, Pato de Pequim, Peixe assado na folha de bananeira. 


Na quarta ilha gastronômica, Pratos quentes tradicionais a exemplo do nosso Arroz branco com nozes, Arroz selvagens, lentilhas vermelhas, linguiça defumada e aspargos, Mesclun de legumes e cogumelos,  Risoto de lagostim com peras assadas e amêndoas, Gnocchi de abóbora, com bococcinis, tomatinhos e manjericão, Papardelli de funghi com ragu rustico, Purê de cenoura e mandioquinha com especiarias, Sopa de lentilhas, Costeletas de cordeiro em crosta de pistache, Robalo envolto em Parma ao molho de limão, Steak Wellington, Pernil de javali, ameixas assadas e molho de alecrim (couscous de milho), Magret de pato e redução de pomelo e enchalotes glaceadas, Bacalhau, batatas assadas, cebolas roxas, tomates, alcachofras e, azeitonas, Polvo a la plancha. 


Na quinta ilha ilha as famosas sobremesas começando pelos Doces e café, Docinhos variados (10 tipos), Macarons, Cascata de frutas, Frutas laminadas, Mesa de café, Petir four. Ainda havia a 6° ilha que era dedicada as crianças, com Saladinha mista; Feijão; Batata frita; Arroz branco; Macarrão na manteiga e molho branco; Nugtes de frango; File mignom grelhado; Mini hambúrguer
e Mini pizzas. 

Presidente da SANTUR Valdir Valendowsky, Silvana Appel Valendowsky, Rosa Masgrau e Roy Taylor

A alegria como sempre deu o tom, uma vez que praticamente todos os hóspedes são costumeiros, os espetáculos que acontecem durante o jantar levantam todos da mesa e num ritmo só participam e aplaudem. 

Diretor Geral Alberto Cestrone, Gerente Comercial Juliana Campeoto e Gerente de A&B Joel Batista da Cunha

Segundo Alberto Cestrone, Diretor Executivo do Resort "A cada ano fazemos o possível para abraçar e nos congratular com nossos sempre hóspedes de costumeiramente costumam fazer suas reservas logo quando vão embora, prometendo retornar para o próximo réveillon. Nossa intenção sempre foi e será unir, congregar e festejar um novo ano que será sem duvidas repleto de alegrias. Um prolongamento desse nosso réveillon recheado de harmonia e congraçamento em família".


Em seu discurso, Cestrone agradeceu a presença de todos: "Estou honrado em tê-los no Réveillon Infinity, que a cada ano vem se consolidando como um dos momentos mais importantes entre as nossas festas. O sucesso e cada detalhe que vocês observarem só foi possível devido ao esforço de uma equipe que trabalhou duro para alcançar esses resultados. Por isso peço uma salva de palmas para a equipe Infinitey Blue. Nesta virada de ano desejo a cada um de vocês que renovem suas crenças e tenham muita saúde, paz, amor, alegrias e sucesso. Que 2018 seja um ano de realizações a todos nós. Mais uma vez a família Infinity Blue agradece a presença de todos. Até o ano que vem"


Durante o jantar houve apresentações típicas, baile com a Banda Volares e DJ Kako. Os artistas utilizaram o espaço entre as mesas para suas apresentações. A festa, na hora da "virada" foi na areia da praia com a tradicional queima de fogos do Infinity Blue e muita, mas muita champagne. Inesquecível!


Depois todos retornaram ao salão e a festa continuou madrugada adentro. 

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Um grande festa que a cada ano supera a expectativa de todos.

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