EL CALAFATE, NO FIN DEL MUNDO, EM UM PISCAR DE OLHOS
por Aldo Grangeiro
Como era de se esperar, a Patagônia que encontramos em El Calafate, uma surpreendente e pequenina comunidade da última fronteira da Argentina com o Chile, de aproximadamente 22 mil habitantes, é bem diferente daquela que o navegador português Fernão de Magalhães viu pela primeira vez no início do século XVI em sua festejada estreia na volta ao mundo.
E não mudaram só os costumes, como seria previsível. Mudou, e mudou muito, a geografia do lugar, sob o cerco de lagos e glaciares.
Aqui neste ponto chegamos ao que queríamos dizer logo no início deste breve relato: o fin del mundo, que a maioria dos leitores provavelmente imagina ser uma vastidão gelada, branca, inóspita e só acessível à turma do valente Fernão de Magalhães, se revela aos viajantes ávidos por aventuras nesta quente estação, repleto de bosques que extravasam riqueza e vigor, lagos imensos e caminhos perfeitamente trilháveis - até mesmo sobre as milenares plataformas de gelo sob o céu de muitas cores do Glaciar Perito Moreno. Acredite leitor, você pode chegar pertinho dessas montanhas de gelo por terra, em estrada de asfalto.
Sim, nesta época o calor transfigura a Patagônia, encaixada em uma região de vegetação quase marrom e rasteira em boa parte do ano.
Os termômetros, que no inverno chegam a temperaturas abaixo do zero e espalham extensos tapetes brancos de neve, em janeiro oscilam de 7 a 20 graus nesta incrível curvatura da parte baixa do globo terrestre.
Muitas pessoas, especialmente europeus e brasileiros, como que movidos pelo sopro dos agradáveis ventos intermitentes predominantes em janeiro no local, transitam pelas largas e bem cuidadas ruas de El Calafate, transformado aos olhos de milhares de turistas no epicentro do mundo. Os viajantes apaixonados por essas e outras bandas do planeta não param de chegar.
Este é sem dúvida um lugar especial. Principalmente para nós, brasileiros, acostumados com o clima tropical.
Aqui encontramos uma terra de contrastes imensos. Cinza e gelado no inverno, florido e quente no verão. Só depende do calendário. Mas não é só beleza natural, não.
Aldo Grangeiro e esposa, Felipe Soares e Sussy Becker e o nosso anfitrião Mario Guatti - Hotel Posada Los Alamos
A gastronomia é de dar água na boca. Aqui tudo é superlativo. Para que se tenha uma noção mais exata do que estou falando, não há, em toda a Patagônia, nenhum vinho más o menos; todos son muy buenos. Salud!
DICA DO AUTOR:
El Calafate tem muitas opções de hospedagem. O perfil da maioria dos visitantes justifica o elevado número de pousadas e hotéis, muitos dos quais intimistas e aconchegantes. Mas se você gosta de conforto, comodidade e aprecia o contato com a cultura local, tente fazer reserva antecipada no Hotel Posada Los Alamos (info@posadalosalamos.com). Cabe ainda informar que ao pagar o hotel com seu cartão de crédito você tem 21% de desconto, correspondente ao imposto (IVA) que não é cobrado dos turistas, fortalecendo desta maneira o turismo.
A infraestrutura é excelente, incluindo SPA, restaurante e até campo de golfe. O serviço é irretocável. Sua localização, na área central, permite fácil acesso aos lagos e glaciares. Bien venido!
Jefferson bela edição. Você é meu editor preferido. Abraço. Enjoy
ResponderExcluirLindas imagens!!!
ResponderExcluirO frio no ambiente externo e o calor humano no ambiente interno é uma combinação que a mim me parece perfeita.
Aldo, deve ter sido uma experiência e tanto. Muito obrigado por compartilhar!!!
Um misto de aventura e sabores, caro mestre Rauber.
ExcluirDá vontade de ir...
ExcluirDá vontade de ir...
ExcluirBora!
ExcluirLindas imagens e belíssima descricao. Me fez pensar no meu proximo roteiro de viagem. Gracias por compartilhar
ResponderExcluirMuchas gracias
ExcluirMuito boa a descrição e as dicas. O local é maravilhoso, estivemos lá em 2004, depois desta leitura, dá muita vontade de voltar. Obrigada!
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