PADOVA - ITÁLIA - HISTÓRIA VIVA A CÉU ABERTO
Esta não tão pequena cidade italiana onde Santo Antônio passou os últimos anos de sua vida, é uma ótima opção de passeio para quem estiver visitando a região do Vêneto. Localizada ao norte da Itália e a cerca de 40 km de Veneza e 30km de Vicenza. Segundo a lenda, é a cidade mais antiga da região, tendo sido citada em Eneida de Virgilio. Segundo relatos, já passou pelas mãos de vários povos: troianos, romanos, bárbaros, bizantinos, venezianos, austríacos, até ser anexada à Itália, na unificação ocorrida no século 19.
Mas Pádua é famosa mesmo por ter uma das universidades mais antigas e renomadas da Europa e também por ter sido a cidade onde Santo Antônio passou os últimos anos de sua vida. Me hospedei num ótimo hotel, o Galileo da rede Best Western, instalações novas, ótimo atendimento, elevador e com um ótimo café da manhã, internet a cabo ou Wi-fi grátis. Não tive tempo de ver outros hotéis. A localização é ótima e andar pelas ruas outonais é um espetáculo para os olhos. Daqui você pode ir a Veneza de TREM – a melhor forma. Há trens diretos que vem de Veneza (cerca de 25 minutos), Vicenza (cerca de 20 minutos), Milão (cerca de 2h10min), Bolonha (cerca de 1h) e Florença (cerca de 1h30min).
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Para o aeroporto vou de Pulman, 4,5 euros. Comecei minhas andanças pela imensa feira TECNO E FOOD, Salão Internacional gastronômico - ATTREZZATURE E SERVIZI PER ALBERGHI, RISTORANTE E BAR. Meu Deus quanta coisa que eu queria ter em casa. Almocei, aliás, o nosso grupo foi brindado por um tremendo menu degustativo oferecido pelo amigo Renzo Fornaciero, feito pelos alunos. O Convention & Visitors Bureau local e a grande amiga Sonia Moura (Italo brasileira), fizeram as honras da casa, nos acompanhando o tempo todo, evidentemente graças a Presidente da Incetor, a empresária Marta Lobo. Saí de lá e andei por tudo onde foi possível. Bike é uma ótima opção para quer é adepto. Para se deslocar de um lugar para o outro use o bonde elétrico (chamado Tram), tem ponto em vários lugares. Muito moderno, eficiente e rápido. O bilhete é comprado em quiosques.
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Apesar da arquitetura antiga, típica das cidades italianas (aliás, europeias em geral), Pádua tem um ar bem jovem, graças à Universidade de Padova, uma das mais antigas e renomadas da Itália. Minha primeira parada foi na Basílica de Santo Antônio, conhecida como IL Santo, foi erguida para abrigar os restos mortais do santo, que na verdade estavam numa pequena igreja que havia no local e que acabou incorporada a atual basílica. Até hoje é um dos principais lugares de peregrinação católica do mundo, principalmente no dia 13 de junho.Lá dentro se vende de tudo e não se pode tirar fotos. Mas todo mundo tira escondido. Os guardas ficam em cima o tempo todo. Um dos santos mais populares e amados do catolicismo, Santo Antônio de Pádua era, na verdade, português. Nascido em Lisboa, aderiu à Ordem Franciscana em 1220 (inclusive pregando junto com o próprio São Francisco de Assis, seu contemporâneo) e exerceu esse ministério da pregação por Portugal, França e Itália. Veio parar em Pádua em 1229 e lá ficou até falecer em 1231, aos 39 anos.
Graças à sua eloquência, o frei era adorado pelo povo. Tanto que foi canonizado em tempo recorde: no ano seguinte ao de sua morte. E o incrível é que sua popularidade é grande até os dias de hoje - cerca de 780 anos após sua morte! Retratado quase sempre segurando o menino Jesus no colo com um dos braços e um ramo de lírio na mão livre, Santo Antônio é padroeiro de Portugal, das famílias, das grávidas (e das mulheres que querem engravidar), dos animais e dos pobres. Além, é claro, da fama de santo casamenteiro.
Um verdadeiro espetáculo essa basílica. Ela pode até não ter uma fachada esplendorosa, como o Duomo de Florença, por exemplo. Mas em compensação, o seu interior é belíssimo. Sem dúvidas foi a mais linda que visitei na Itália (estando empatada com a San Giovanni in Laterano, em Roma). A entrada é franca e se dá pelo claustro que fica ao lado da porta lateral da Basílica (chamado Claustro da Magnólia). O Altar-Mor, contendo estátuas de bronze de Cristo Crucificado, da Virgem Maria e de santos de Pádua, além de relevos retratando os “Milagres de Santo Antônio”. Tudo de autoria de Donatello; O Túmulo de Santo Antônio (no transepto norte), com relevos no entorno, retratando cenas de sua vida. Os peregrinos costumam colocar suas mãos nas laterais do tumulo (que está em cima de um pedestal de mármore). Há uma energia ímpar nesse recinto; A Capela da “Madonna Mora”, ao lado do túmulo, indo em direção aos fundos da Basílica.
É o que restou da antiga igrejinha que existia na época de Santo Antônio e onde ele passava a maior parte do tempo nos últimos anos de sua vida. A Capela das Relíquias, que abriga os “tesouros” ligados ao santo, como vários objetos usados por ele nas missas (cálices, missais e etc), a túnica que ele vestia na época (já bem envelhecida) e um belo relicário contendo, pasmem, a língua e as cordas vocais do santo. Não me pergunte por que de se guardar a língua de uma pessoa, mas a explicação é que, segundo informações, quando abriram a tumba de Santo Antônio para transportar o corpo da antiga igrejinha até o local da tumba nova na Basílica, viram que apenas a língua e as cordas vocais estavam intactas. Aí interpretaram logo como uma prova de que a pregação do santo era obra de Deus e, por isso, tais partes do corpo viraram “relíquias”.
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Depois segui pelas vielas da cidade até o Palazzo della Ragione (cerca de 10 min de caminhada). Construído em 1218 para ser o Tribunal de Justiça, é um edifício inusitado. Embora pareça ser um prédio de dois andares com arcadas, na verdade é um grande salão de 80m de comprimento e 27m de largura, sem nenhuma coluna ou divisória no meio, como se fosse um galpão.Caminhe pela Via Fiume quanto pela Corte S. Clemente, você chegará à Piazza dei Signori. Esta praça retangular é cercada por belos edifícios com arcadas, muitos abrigando vários cafés e restaurantes.
Continuando o passeio, seguindo pela Via Monte di Pietà, logo você chegará ao Duomo de Pádua. Diferentemente do que muitos pensam, a Basílica de Santo Antônio não é a principal igreja da cidade, mas sim a Catedral de Santa Maria Assunta (algo como Assunção da Virgem Maria). O edifício que vemos hoje é a 3ª versão. A igreja original foi erguida no ano 313 e acabou destruída num terremoto no século 12, sendo reconstruída depois em estilo romântico.
No século 16 começou a ser modificada, pois era considerada modesta demais se comparada com as outras 2 igrejas principais da cidade (as Basílicas S. Antônio e S. Giustina). O autor de parte do projeto da nova catedral foi ninguém menos do que Michelangelo, que criou a atual igreja junto com outros profissionais. Sua fachada ainda está inacabada até hoje.
Outra boa opção é a Capela degli Scrovegni. Você tem que agendar a visita. Você marca um horário e tem só 15 minutos lá dentro para ver tudo. Antes porèm você assiste um audiovisual de tudo o que você irá ver. Segundo a história, um rico banqueiro de Pádua, Enrico Scrovegni, mandou construir a capela de sua família em 1303 (ao qual chamou de Santa Maria della Carità) e contratou ninguém menos que o grande artista Giotto para decorá-la. Ele levou dois anos para concluir o trabalho e retratou várias cenas da vida de Cristo, com um foco no tema “a salvação com ajuda da Virgem Maria”. Dizem que o objetivo de Scrovegni era salvar do inferno, a alma do pai morto - pois o mesmo era um temível agiota da época. É necessário pagar ingresso, além de agendar a visita, através do site oficial.
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Minha escolha para se hospedar foi o charmoso, tranquilo e moderno Hotel Galileo Padova, numa grande gentileza do Convention & Visitors Bureau. Obrigado Renzo ! Perto de tudo, o ônibus para bem na frente e dali você pode seguir para qualquer lugar na Itália. Do hotel segui novamente a Veneza e de Veneza um voo a Paris, por módicos R$ 38,00 reais. É isso mesmo, voar na Europa é muito barato.
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Chega ao fim meu "Giro per Itália", que é toda espetacular. Poucos são os lugares que possuem tantas belezas, estilos arquitetônicos e patrimônios mundiais quanto este país. É de fato, belíssimo! Um recado importante, não esqueça do seguro viagem. A Travel Ace foi a minha melhor e garantida opção. Sem seguro você não entra na Europa, aliás, acredito que em nenhum lugar e, pensando em, o seguro morreu de velho. Agora é refazer as malas e seguir para Paris. Confiram as fotos que valem por milhões de palavras e explicações.
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